Adega Casa da Torre / Carlos Castanheira

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  • Arquitetos Responsáveis: Carlos Castanheira & Clara Bastai, Arqtos Lda.
  • Equipe: Orlando Sousa
  • Estrutura: HDP Gabinete Projectos. Engenharia Civil, Lda.
  • Hidráulica: Diâmetro & Cálculo Engenharia Lda.
  • Elétrica: Igemáci Engenharia S.A.
  • Mecânica: GET
  • Carpintarias: Carpicunha Madeira Ldª
  • Constructor: CMCJC Imobiliária Lda.
  • Cliente: Eva e Manuel Sousa Lopes
  • Prêmios: 2011 – Honorable Mention in National Prize for Architecture in Timber – AFN/MA
  • Cidade: Louro
  • País: Portugal
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© Fernando Guerra | FG+SG

Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma adega já não é o que era. 

Ainda conheci adegas onde as teias de aranha e o pó eram sinal de tempo e do tempo. 

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© Fernando Guerra | FG+SG

O tempo era também, quase sempre, o sinal de qualidade, pois o vinho que se preservava ao longo do tempo, no tempo, era do bom e ficava melhor ainda depois de ali ficar estacionado uns anos.

As adegas estão em transformação e já não há lugar para o pó nem para as teias de aranha.

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© Fernando Guerra | FG+SG

Autênticos laboratórios, regem-se por rígidas regras de laboração e de higiene. Obedecem a uma ciência apurada de dosagem, regulação de temperatura, acelerada ou lenta, mais ou menos química. Em alguns casos, uma adega é um espaço de verdadeira alquimia.

A Adega Casa da Torre já existia, pois na propriedade já se fazia bom vinho. A vontade de produzir mais, melhor e de acordo com as novas regras, obrigou a repensá-la e obrigatoriamente a aumentá-la.

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Planta Baixa

A localização e a orientação são excelentes. Encastrada no terreno tem o lado a sul protegido da insolação e das altas temperaturas. O poente também. O norte é uma parede alta e espessa de granito. A nascente está o acesso e o espaço de acolhimento.

A ampliação limitou-se a acrescentar o necessário, respeitando o existente.

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A transformação começou na cobertura: de várias e complexas estruturas e planos, criou-se uma estrutura de duas águas.

O vão transversal de 18 metros obrigou à introdução de pilares centrais, indesejados e indesejáveis, e, por isso, reduzidos ao mínimo.

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Corte

A estrutura de madeira lamelar é simples, apesar das quatro escoras que se abrem a partir de um pilar, ajudando as vigas de cobertura. 

Cabos de aço estabilizam as grandes forças horizontais produzidas pela estrutura e materiais de cobertura.

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No interior, os materiais foram escolhidos obedecendo a critérios de higiene, durabilidade e manutenção.

Os "pipos" e dornas deram lugar a cubas de aço inox, alinhadas a rigor, de ventre abundante, umas cheias, outras prontas a receber o precioso néctar.

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Planta Baixa

Sobre o tanque de pedras de granito exterior, o volume do pequeno escritório está fora e dentro procurando a relação dos dois espaços. 

O acesso faz-se por uma escada também de madeira. Um passadiço elevado permite a circulação, ligando cotas do terreno exterior, a poente, e o piso do escritório.

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A cobertura projeta-se sobre o lajeado da entrada, cobrindo acessos, sanitários e o “pipo” que é laboratório.

A luz, quanto bate, é coada por um ripado de madeira. 

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Corte

. Lá dentro o vinho mantém-se e matura-se, depois da azáfama da vindima, do pisar, da fermentação e de todo o saber inerente ao processo. 

Os trabalhos na adega obrigaram a repensar a envolvente exterior. Transplantaram-se árvores, mudaram-se pedras e fizeram-se tanques como no antigamente, lajeados ciclópicos.

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Aproveitaram-se águas perdidas e controlaram-se.

Uma adega já não é o que era. Está melhor, assim como o vinho.

Fresca como é o vinho. O verde.

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Localização do Projeto

Endereço:4760 Louro, Portugal

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Sobre este escritório
Cita: "Adega Casa da Torre / Carlos Castanheira" [Adega Casa da Torre / Carlos Castanheira] 06 Set 2021. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/627172/adega-casa-da-torre-carlos-castanheira> ISSN 0719-8906

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